A espera finalmente acabou Diana Prince, a Mulher Maravilha, já tá nos cinemas e a gente vai falar sobre esse filme agora mesmo
É sem spoilers, cara, pode ficar bem tranquilo É agora mesmo, então se liga aí! Oi, eu sou Gustavo Cunha e cara, eu preciso dizer pra você que todos os reviews que eu faço, eu faço como um fã, com os olhos de um fã Eu não sou um crítico de cinema, tem gente que faz isso com muito mais propriedade do que eu aqui no Youtube Eu sou só um fã conversando com outros fãs sobre sobre os filmes, séries e livros que a gente gosta Dito isso, falando como um fã, eu adoraria que o Geoff Johns, o chefão da DC, colocasse a Patty Jenkins, a diretora de Mulher Maravilha, pra coordenar a construção do Universo Cinematográfico da DC de agora em diante
Porque ela soube como organizar nesse filme todos os elementos de uma forma extremamente harmônica pra contar essa história da Mulher Maravilha A ação, a construção dos personagens, a forma de amarrar a narrativa Esse é o primeiro filme realmente grande dessa diretora e ela não sentiu a camisa pesar, velho Eu não sei se você sabe, mas ela estava escalada pra dirigir Thor, o Mundo Sombrio da Marvel, mas acabou abandonando o projeto por causa de diferenças criativas com os produtores Aí, a gente já pode concluir que ela é uma pessoa que sabe muito bem o que ela quer no que diz respeito a fazer um filme
Mas, como diria Jack, o estripador, vamos por partes… OFF: Mulher Maravilha conta a história de origem da heroína, a saída dela da ilha das amazonas, Themyscira, durante a Primeira Guerra Mundial pra ajudar a colocar um fim no conflito Pra isso, ela conta com a ajuda do Major Steve Trevor e um grupo bem peculiar de combatentes Do outro lado, os vilões contam com uma cientista conhecida como Doutora Veneno, que está desenvolvendo uma arma capaz de matar milhares de pessoas Além disso, o deus Ares parece estar por trás das ações que podem levar a humanidade a uma guerra sem fim O filme, como a gente já sabe, começa na ilha paraíso, Themyscira, onde a gente vai conhecendo a origem e o modo de vida das amazonas
Esse momento do filme é sensacional, porque as amazonas são lindas e elas são brutais, cara Vou dizer pra você, se na batalha de Termópilas eles precisaram de 300 espartanos, se eles tivessem chamado as amazonas, só trinta delas já faziam o serviço Aquela cena da batalha na praia que a gente viu nos trailers mostra isso muito bem As amazonas são, antes de tudo, artistas marciais, que dominam a técnica da batalha, da guerra Em igualdade de condições, elas são simplesmente invencíveis, porque elas são muito superiores
O problema é que desde que inventaram a pólvora, isso deixou de fazer muita diferença… E no caso dessa batalha na praia, os alemães tinham a pólvora… É nessa primeira parte do filme que a gente descobre como surgiram as amazonas e como elas podem existir em um mundo como o nosso Uma ilha mística com essas criaturas que são o meio termo entre nós e os deuses A forma como isso é contado no filme é visualmente linda Apesar de ter pouco tempo de tela, a Robin Wright, que faz a Antíope e a Connie Nielsen, que faz a rainha Hipólita, são muito marcantes, são muito fortes A general Antíope tinha que ter um filme só dela, na minha opinião
Chris Pine tem muito carisma e isso foi muito bem aproveitado no filme O personagem dele tem vários momentos bem divertidos junto com a Diana e outros momentos bem tocantes ali no terceiro ato Ele consegue fazer com que a gente se importe com o Steve Trevor dele A química dele com a Gal Gadot é evidente Os dois parecem muito à vontade juntos
Sobre a Gal Gadot, a gente sabe que ela não é uma excelente atriz, até porque ela começou há bem pouco tempo nesse trabalho Dito isso, a figura dela e a forma como ela trabalha a personagem são muito cativantes Você vê que ela tá dando o máximo dela nas cenas Ela entrega emoção quando tem que entregar, entrega humor quando tem que entregar Você vê que ela tá a altura do papel em uma cena em que ela discute com um general
E ela realmente se entrega pro papel naquela cena E fisicamente ela consegue entregar o que uma atriz que vai interpretar a Mulher Maravilha precisa entregar Ela é esguia, ela é forte, ela é o que se imagina que uma deusa grega deva ser E a Diana vai construindo e solidificando a ideologia dela à medida em que ela vai convivendo com aquelas pessoas, no meio daquele conflito No final, ela, que é a pessoa que veio de fora do mundo dos homens é a pessoa que demonstra a maior humanidade
A Patty Jenkins, com certeza soube entender as peculiaridades da Gal Gadot e deixou que os textos que precisavam de mais fôlego ficassem a cargo dos outros personagens, como a Hipólita, a Antíope e o próprio Steve Trevor Porém, o que coube a Gal Gadot entregar como atriz, ela entregou muito bem Além disso, como ela é israelense, ela ainda tem um sotaque muito particular, que a Patty Jenkins aproveitou pra colocar em todas as amazonas Todas elas falam como Gal Gadot A diretora transformou o sotaque da atriz no sotaque de Themyscira
E isso acaba sendo um charme a mais no filme Por falar nela, a Patty Jenkins é que mais acerta nesse filme, porque ela soube entender que ela só precisava conduzir a história de uma forma clara Então, ela deixa o filme se desenvolver, ela dá espaço pros personagens se desenvolverem também, sem apressar as coisas Esse não é um filme que tem lutas e explosões o tempo todo É um filme de origem e o que ele faz é contar essa origem
A diretora usou aquele tempo que em outros filmes ia ser usado pra perseguições e piadinhas e ação e mais ação, pra solidificar os personagens dela, pra fazer com que o público se importe com eles Isso é uma coisa que o Spielberg sempre soube fazer muito bem Ela não precisa provar pro público que a Mulher Maravilha é uma das maiores heroínas de todos os tempos O público já sabe disso Basicamente, ela entendeu que esses heróis não precisam de muletas e milhares de referências, e links pra outras histórias de outros personagens
Eles podem tranquilamente levar os filmes deles sozinhos É que nem a seleção de setenta, cara Você só precisa colocar os jogadores em campo e deixar eles jogarem E tendo isso em mente, ela conduz o filme com muita suavidade Esse não é um filme truncado
Ela escolheu uma forma simples de contar a história, sabendo que "simples" não é a mesma coisa que "simplório" E nos momentos em que o filme precisa de ação ela mostra porque a Mulher Maravilha tem esse nome Ela bate sem dó Como uma boa amazona, ela bate pra machucar, velho… As cenas de batalha são muito bem construídas Sobre isso, eu tenho uma observação a fazer
Eu sei que os trailer precisam atraentes, pra que o público se interesse pelo filme, pra criar o hype, enfim Mas, se eles tivessem optado por não mostrar aquela cena da terra de ninguém, quando a Diana resolve enfrentar sozinha o exército alemão Se eles tivessem deixado isso só pra quem fosse assistir no cinema e não tivessem adiantado isso, eu garanto pra você que ia ter um monte de marmanjo derramando lágrimas nessa hora Porque a cena que a gente viu nos trailers é só uma partezinha daquela sequência A Patty Jenkins vai construindo o clima pra chegar naquele ponto de uma forma tão eficiente, usando movimentos apressados de câmera, a música, os diálogos, as coisas que acontecem imediatamente antes daquele ponto, que quando a Diana começa a subir aquela escada, você já tá completamente investido da mesma sensação insuportável que ela tem
Pra não dizer que esse filme não tem nenhuma referência ele traz duas referências muito legais não aos quadrinhos, mas à série de televisão, que era estrelada pela Linda Carter A primeira referência é a cena de despedida da Diana e da Hipólita que tem várias linhas de diálogo iguais à mesma cena que aconteceu também no episódio piloto da série A segunda referência é a cena em que a Diana vai experimentar algumas roupas em Londres e não se acostuma com nenhuma delas Nesse mesmo episódio piloto da série a Mulher Maravilha da Linda Carter vai até uma loja de roupas e tem o mesmo problema com relação às roupas novas Outro aspecto que muito positivo nesse filme é que ele nunca decai
O primeiro ato é bom, o segundo ato é bom e o terceiro ato também é bom E é justamente nesse terceiro ato, quando se dá o embate final que a gente vê o quão poderosa é essa heroína A gente já teve uma provinha disso em Batman vs Superman, mas aqui a gente tem uma batalha entre deuses, com toda a destruição que isso acompanha Eu acho que esse é o filme que a DC precisava nesse momento Um filme que não deixasse dúvidas do que vem pela frente Um filme que fosse divertido, com personagens bem construídos, com um roteiro eficiente e uma direção que não deixa a desejar em nenhum momento Sem contar que visualmente esse filme é lindo E, mesmo com Chris Pine muito bem como coadjuvante, você não ficam em dúvida nunca sobre quem é a protagonista do filme
O público vê a Diana deixando de ser apenas a Diana e se tornando a Mulher Maravilha à medida em que o filme avança, à medida em que ela vai sendo exposta à crueldade da guerra E eu vou dizer pra você, dos filmes da DC, depois do Cavaleiro das Trevas do Nolan e de Watchmen, esse é o meu filme preferido Pontos negativos? Alguns Um dos personagens que se juntam à Diana na luta contra os alemães se chama Charlie Ele é um atirador extremamente talentoso, mas também é uma pessoa extremamente atormentada por fantasmas do passado
No filme, ele acaba tendo uma jornada de redenção Mas, em momento nenhum o público fica sabendo exatamente que fantasmas são esses que assombram ele, que fizeram ele ficar daquele jeito Esse personagem é muito legal e eu acho que seria interessante saber um pouco mais sobre isso Outra coisa No final do filme, logo depois do embate final, numa cena muito bonita com o sol nascendo, a gente vê os soldados de ambos os lados agindo de uma forma muito pouco usual pra soldados de verdade
Por mais que isso tenha sido sugerido no filme, é uma coisa que soldados de verdade não fariam Então, isso me incomodou um pouco E eu Achei que o vilão, Ares, foi pouco explorado na sua forma de Ares Quando ele entra em cena, a gente volta a se dar conta de que aquela é uma luta entre deuses, criaturas do Olimpo e isso poderia ter aparecido mais vezes no filme, poderia ter sido melhor explorado, essa ligação da Diana com esse mundo dos mitos da Grécia, que a gente acabou de descobrir que são verdadeiros E uma última coisa
Em Batman vs Superman a Diana diz que se afastou da humanidade há tempos atrás E a gente imagina que tenha sido por algo que aconteceu no espaço de tempo desse filme Ok O filme realmente sugere um motivo pra isso O problema é que bem lá no finalzinho do filme, nas últimas cenas, ela age de uma maneira que contradiz essa afirmação de que ela se afastou da humanidade
Então, a gente não sabe se mais tarde ela pensou melhor e decidiu se afastar ou se aconteceu alguma outra coisa que fez ela se afastar Porque naquele exato momento, ela não parece estar se afastando da humanidade No final das contas, Mulher Maravilha é um filme sobre a perda da inocência, sobre como amadurecer pode ser um processo amargo, MAS necessário pra que você se torne aquilo que você vai ser pelo resto da sua vida Sendo assim, e principalmente pela direção da Patty Jenkins, eu vou dar pra Mulher Maravilha… Nove jujubas Mas, como eu sempre digo, isso é só a minha opinião
Você não é obrigado a concordar comigo Você tem que ir lá e tirar as suas próprias conclusões, certo? Antes de encerrar, eu queria dizer que esse vídeo tem o apoio da Chico Rei, que, além de ajudar a manter o canal no ar, me presenteou com essa camiseta sensacional aqui George Meliés, o cara que na minha opinião é o pai da ficção científica no cinema Se você viu aquele filme A Invenção de Hugo Cabret, você sabe que ele é Vale a pena ver esse filme
Se você quiser, você pode mandar vir uma camiseta igualzinha a essa lá no site da Chico Rei Eu vou deixar o link deles aqui embaixo, na descrição do vídeo E por hoje era isso, eu espero que você tenha gostado do vídeo Se você gostou, dá um likezinho aqui embaixo e se inscreve no canal e ativa as notificações pra ficar sabendo sempre que aparecer uma novidade por aqui Toda semana tem vídeo novo
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