ADEUS, STAN LEE… – Jujuba ATÔMICA

Oi, eu sou Gustavo Cunha e, cara, esse é um vídeo que eu realmente não queria precisar fazer É um vídeo que eu faço com coração pesado, como se eu tivesse perdido alguém da minha família

E na verdade eu perdi, né? Todos nós perdemos Ontem, dia 12 de novembro de 2018, partiu, aos noventa e cinco anos, para ir morar no céu o nosso querido Stan Lee, o maior editor de quadrinhos da história O escritor que ajudou a criar universo Marvel como nos conhecemos hoje Vai dizer, tem gente que devia ser eterna, né? O que eu queria fazer hoje é relembrar um pouco da trajetória desse cara que foi um dos responsáveis, o lado do Jack Kirby, pela segunda grande revolução dos quadrinhos Eu fiz a muito pouco tempo um vídeo sobre esse livro aqui: Marvel vs DC, que conta um pouco da história do Stan Lee

Eu vou deixar o vídeo aqui em cima dos cards e o link para o livro aqui embaixo na descrição do vídeo para você Se você quiser ir mais afundo exclusivamente na história da Marvel, que se confunde com a história do Stanley, tem também esse outro livro, que é um pouquinho mais antigo, é de 2012, que se chama: Marvel Comics a história Secreta Também vou deixar o link aqui embaixo para você Antes de a Marvel ser a Marvel, ela se chamava Atlas E antes de se chamar Atlas, ela se chamava de Timely Comics

E a Timely Comics era uma editorazinha muito chinela, que funcionava nos fundos de uma editora e revistas pornô, e só tinha um funcionário – Stan Lee Ele era o encarregado de manter a editora funcionando, e tinha ordens expressas do dono da empresa, que se chamava Martin Goodman, de copiar qualquer coisa que estivesse dando Ibope entre as décadas de 30 e 40 Assim, a Timely fazia cópias baratas de qualquer coisa que estivesse rolando, desde histórias de guerra, passando por romances açucarados, histórias de cowboys, de safaris e histórias de terror O que o Stan Lee Fazia era contratar algum ilustrador como freelancer e lançar revistas com histórias parecidas com as histórias que estavam fazendo sucesso no cinema naquela época Algum tempo depois, no início dos anos 50, a Timely, passou a se chamar Atlas, e nessa época um certo sinal de que havia luz no fim do túnel começou aparecer

A Atlas apresentou personagens como o Tocha Humana, Namor, O Príncipe Submarino e o Capitão América E eles até que eram bem promissores Mas existia uma pedra no caminho da Atlas O Grande Lance é que a Atlas nessa época, nos anos cinquenta, perdeu o distribuidor das suas revistas, o que era basicamente uma pena de morte, uma vez que assim, a editora acabava perdendo a sua capacidade de colocar as revistas nas bancas Como último recurso, aos quarenta e cinco do segundo tempo, a Atlas apelou para a Distribuidora Independent News, que era propriedade da National Perodical Publications, que no futuro abreviaria o seu nome para DC Comics

Sim, a DC passou a distribuir as revistas da Marvel nos primeiros anos Mas esse não foi um acordo fácil porque a National impôs um limite de apenas oito títulos por mês para a Marvel Ou seja, ao invés dos quase 60 títulos mensais de antes, a recém criada Marvel só teria direito a colocar míseros oito títulos nas bancas a cada mês Bom, agora você entende quando e onde surgiu a eterna treta entre a DC e a Marvel, né? Esse acordo era o fim da picada, certo? Cara, mais ou menos Porque agora, ao invés de ter que cuidar de 40, 50, 60 títulos por mês, o Stan Lee, só precisava cuidar de 8 títulos

8 títulos que teriam toda a atenção dele Foi assim que, em novembro de 1961, quando recebeu do Martin Goodman a missão de fazer uma cópia da Liga da Justiça da DC, o Stan Lee chamou o Jack Kirby e os dois conceberam a segunda grande revolução dos quadrinhos O Quarteto Fantástico O que existia de tão fantástico no Quarteto Fantástico, é que o Stan Lee deu uma dimensão extremamente humana e real para esses personagens Ao contrário do que acontecia com os super-heróis da concorrência, os super-heróis da Marvel agora eram cheios de falhas, fraquezas, ciúmes e até mesmo sentimentos egoístas

Isso se tornou o alicerce dos quadrinhos modernos É um padrão que é seguido até hoje Na esteira do Quarteto Fantástico vieram o Hulk, Thor, X-Men, Homem de Ferro, Pantera Negra, Homem-Aranha, Doutor Estranho Todos eles com as suas próprias sutilezas, com seus próprios traços característicos que faziam com que o público se identificasse com eles Todos eles em maior ou menor grau com a mão do Stan Lee

O Homem de Ferro tinha problemas com bebida O Homem-Aranha tinha problemas com dinheiro O Hulk tinha problemas com o temperamento e os X-Men tinham problemas com todo mundo que não fosse um X-Men A Marvel sob o comando do Stan Lee se tornou a Vanguarda dos quadrinhos A partir do início dos anos 70, o Stan Lee se tornou o editor-chefe e a cara da Marvel

Ele tinha um carisma natural, um talento excepcional para falar com o público e para contar histórias E ele era simplesmente apaixonado pela Marvel Tanto que nas sessões de cartas no final de cada revista, ele sempre dava um jeito de alfinetar a sua grande rival, a DC Comics E os fãs simplesmente adoravam – porque ele tinha tiradas sensacionais e fazia com que aquele monte de nerds que compravam as revistas se sentissem parte de um grupo, aquela velha e conhecida a fórmula do Nós Contra Eles Usando esse novo status de celebridade, Stan Lee fez tudo o que ele pode para levar os personagens da Marvel para a televisão e pro cinema

É claro que, antes de Homem de Ferro de 2008, os primeiros filmes da Marvel foram simplesmente um fiasco Eles fizeram um protótipo de Capitão América só para a televisão que foi terrível e até mesmo um filme do Quarteto Fantástico que nunca foi exibido Eu tenho um vídeo contando essa história, que eu vou deixar aqui em cima dos caras para você Mas Stan Lee tinha uma confiança e um otimismo inabaláveis Ele era o narrador da série de desenhos animados da Marvel, com Homem-Aranha e o Incrível Hulk

A voz que as crianças ouviam saindo da televisão no sábado pela manhã, enquanto tomavam leite com cereais era a voz do Stan Lee Nunca nenhum roteirista, editor ou ilustrador se tornou o rosto de uma empresa como aconteceu com Stan Lee Ele era e sempre vai ser o rosto da Marvel E agora, ele se foi Mas com certeza, o bom e velho Stan não ia querer que a gente ficasse triste

Porque ele dedicou a vida inteira a contar histórias que nos encantassem, que trouxessem contentamento aos nossos corações Então, como uma última homenagem, uma forma de celebrar a vida e o legado do nosso queridíssimo Stan Lee, eu gostaria de propor uma lista Sim, uma lista Eu quero que você coloque aqui embaixo, em ordem, as suas três aparições preferidas do Stan Lee em filmes da Marvel Eu começo

Em primeiro lugar, na minha opinião, vem a aparição dele em Homem-Aranha 3, com o Tobey Maguire Porque eu achei bem legal o que ele disse Em segundo lugar, pelo menos para mim, ele e o Lou Ferrino – que foi o primeiro Hulk da televisão, no filme do Hulk de 2003 E, em terceiro lugar, ele tentando entrar no casamento da Sue e do Reed em Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado, de 2007 Agora é a sua vez

Coloca aí embaixo Quais são as três melhores aparições do Stan Lee nos filmes da Marvel na sua opinião Pode colocar só o nome do filme, que a gente vai saber que se trata da aparição dele E por hoje era isso, a vida segue, um pouco menos colorida é claro, mas a gente tem que ir adiante Descansa em paz Stan E obrigado por ter tornado a nossa vida tão cheia de cor, de sonhos e de esperança

Se hoje o nosso coração tá assim, pesado, isso vai passar Porque hoje o mundo ganhou uma lenda Hoje, centenas de milhares de homens e mulheres de todas as idades, de todos os cantos do planeta tomam pra si a tarefa de manter a chama acesa EXCELSIOR!